Minha percepção de
mundo pode ser ainda um pouco exótica e sem muitas avaliações claras. Ao
assistir o vídeo em questão “Entre rios”, consegui perceber que minha falta de
conhecimento, me torna mais do que ignorante, me torna culpada, porque parte do
que o homem fez a terra em que mora, é culpa de cada um de nós, cidadãos.
Se o homem desmata,
polui, destrói a natureza, é porque ele busca incessantemente por luxo e
riquezas. Mas até onde somos capazes de chegar para obtermos aquilo que queremos
e desejamos?
Buscamos sempre por
mais e mais, mas a natureza esta sempre na nossa frente, impedindo que a
evolução siga seu curso. E o que fazemos para resolver esse problema? A
matamos, a tiramos da frente, a empurramos, a deixamos de lado, para que mais
prédios e construções se ergam na extensão que um dia fora verde, e hoje é
cinza.
Tem uma música de
que gosto muito “O sal da terra – Roupa Nova”, eis uma estrofe da música:
Estamos acabando
com esse solo em que vivemos, em busca de riquezas. A cidade de São Paulo foi
crescendo, mas seus rios estavam atrapalhando, e para que isso não fosse
considerado um problema eminente. Jogaram esses rios para debaixo de suas ruas.
Dentro de bueiros
passam embaixo desse solo de concreto, onde as pessoas passeiam todos os dias, com carros, bicicletas, a pé, etc... Mas a natureza se vira contra o homem em cada tempestade que
se estende pelos dias, o rio transborda, e alaga as ruas, é quando a população
sente o peso que veio se acarretando pelos anos, em cima dessa sede por
dinheiro, mas em quem a cidade coloca a culpa? Sim, colocam a culpa no
saneamento básico da cidade, como se não fizessem nada para acarretar ainda
mais essa situação.
A culpa é de quem
escondeu esses rios para continuar com a construção desenfreada, a culpa é daqueles que passam por cima deles, sem saber da sua
existência, a culpa é de quem não dá a mínima para a natureza, a culpa é de
quem só enxerga concreto ao invés de vida.
Ao jogarem seus
lixos nos rios, e córregos, ‘nós’ já estávamos manchando o nosso futuro, pode
não ter sido a gente de agora que começou essa bagunça toda, mas somos
cidadãos, e como tal, devíamos ter no mínimo em consciência que nossas ações
podem e pioram ainda mais a nossa própria qualidade de vida.
Vale lembrar que a
cidade de São Paulo deve a sua existência a esses rios que hoje ela esconde: os
rios Tamanduateí e Anhangabaú, que passaram a ser descartados com a chegada da
linha férrea na cidade. A elite de São Paulo sonhava em construir uma cidade
que se assemelhasse com as que viam em suas viagens pela Europa, mas seus rios
não se encaixavam dentro desse sonho não é? Era tão vergonhoso, que preferiam esconder, tirar da frente de seus olhos.
Mas o que acham realmente que falam de São Paulo lá fora?
O que realmente acham que falam sobre o Brasil?
O mundo perturba nossos ouvidos, caçoando daqueles que não souberam criar, apenas, imitar! Porque Brasil querer ser igual aos outros países, porque não criou sua própria marca, ao invés de seguir os padrões de civilização que o mundo lhe impôs?
A cultura americana esfrega até hoje na nossa cara o quanto são melhores em tudo que fazem, enfiam colheradas de ego em nossas gargantas e nos fazem engolir em seco a sua estupides e arrogância, dizem-se ser mais estudados, dizem-se saber muito mais do que somos capazes. Mas quem provocou isso? Não vejo ninguém fazendo nada para mudar essa realidade!
Mas o que acham realmente que falam de São Paulo lá fora?
O que realmente acham que falam sobre o Brasil?
O mundo perturba nossos ouvidos, caçoando daqueles que não souberam criar, apenas, imitar! Porque Brasil querer ser igual aos outros países, porque não criou sua própria marca, ao invés de seguir os padrões de civilização que o mundo lhe impôs?
A cultura americana esfrega até hoje na nossa cara o quanto são melhores em tudo que fazem, enfiam colheradas de ego em nossas gargantas e nos fazem engolir em seco a sua estupides e arrogância, dizem-se ser mais estudados, dizem-se saber muito mais do que somos capazes. Mas quem provocou isso? Não vejo ninguém fazendo nada para mudar essa realidade!
Quem passa hoje ao
lado do rio Tietê, sente o odor que ele exala, um cheiro forte e ruim, que esta
lá todos os dias para lembrar as pessoas o quanto elas são sujas e o quanto
elas maltratam a própria terra. Mas é claro, elas não se sentem culpada, a
culpa é somente do órgão responsável, que seria o departamento de esgotos da
prefeitura. Colocar a culpa nos outros é fácil demais, sim, concordo que eles
tem culpa, por não terem feito nada que mudasse essa triste realidade até hoje,
mas todos aqueles que por ali passam tem pelo menos um por cento de culpa em
seu histórico de vida, pois parte desse cheiro podre, vem de seu próprio lixo.
O que São Paulo
tinha, não era o que eles queriam por isso se tornaram tão rapidamente,
descartáveis. E para cada crescimento, o rio sofria, ele era canalizado cada vez
mais, sendo escondido dos olhos daqueles que um dia usufruíram de sua água para
sobreviver.
As torres se
estendem pelos céus, tampando o azul límpido e escondendo as estrelas no
anoitecer. Quando fui a São Paulo, me lembro claramente, era tudo cinza, eu não
conseguia ver alegria, as pessoas estavam estressadas, eu era somente uma
menina naquela grande cidade, e já conseguia sentir no coração, o peso da mão do
homem na natureza.
“A
cidade é a principal obra de arte da humanidade, uma obra de arte aberta e não
concluída”
Prof. Alexandre Delijaicov – FAU/USP
Prof. Alexandre Delijaicov – FAU/USP
O que podemos
entender dessa frase?
_Que o homem vem pincelando nessa terra a sua obra de arte,
construindo e mudando o seu espaço, uma obra de arte sem fim, a cada espaço que
o homem conhece, ele da um jeito de transformar, para que tudo se encaixe em
seu gosto.
Industrializamos,
transformamos, modificamos a base que a tecnologia evolui. Então paro para
pensar e coloco minhas mãos sobre a cabeça, e analiso,
_Para o que eu realmente estou me formando?
_O que eu realmente quero construir?
_O que eu realmente quero modificar?
_Qual será a minha “Obra de Arte” nessa terra que me deu
frutos, e alimento?
Entre rios não
mostra somente o crescimento e o que isso causou aos cidadãos da cidade de São
Paulo, ele nos ensina que quanto mais queremos arrancar do solo, mais caro
teremos de pagar no futuro, pois o preço da civilização, não é nem nunca foi
barato. Pessoas perderam e ainda perdem suas vidas em resposta a tudo o que
fazem a natureza.
O carro foi motivo dessa modernização, as ruas
da cidade de São Paulo foram feitas para sua circulação, impedindo que seus
pedestres utilizem de forma segura suas ruas. As poluições agravantes que saem
de seus motores ajudam para que esse céu continue morto.
A realidade é bruta
com todos nós, é triste também saber que somos culpados, não adianta
levantar a mão e dizer:
_“Não tenho nada a ver com isso!!”
Tirar o corpo fora
da situação não vai melhorar em nada o comportamento do mundo. Pois cada árvore
que é arrancada, é para nosso próprio conforto. Fingir não saber, é o mesmo que
negar a própria existência.
Mas sei que o homem
não vai parar por ai em sua mania de crescimento, ainda é cedo demais para
falar que daqui pra frente às coisas só vão piorar. Pois gosto de pensar, que
ainda há pessoas que pensam com a razão e o coração, para mudar essa visão que
temos! Quero ser uma dessas pessoas, que buscam por mudanças. E quero seguir
esse ideal até que meus dias nessa terra se esvaem.
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